quinta-feira, 21 de maio de 2009

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Entrevista com um Casual dos Biris Norte

Hoje o BB trás uma entrevista, com um casual dos Biris Norte do Sevilha.



BB- Fala um pouco da história dos Biris Norte e dos casuais do Sevilha.


Casual BN - O que conhecemos hoje como Biris Norte teve origem na Peña Biri-Biri, que foi fundada oficialmente em 1975 (embora a 13 outubro 1974 num jogo em Cádiz, e vimos uma bandeira com o nome biris), em honra de um jogador de nacionalidade gambiana do Sevilla Fc, Alhaji Momodo Njile alias Biri Biri.
Uns anos mais tarde o nome foi mudado para Brigada Norte Biri Biri, para finalmente passar para o nome actual.
É óbvio que nem as condições ou os ultras foram as mesmas em 1975 e em 2009, mas o grupo adaptou-se ao longo dos anos como um fio conector, mantendo fidelidade à base branca e vermelha do FC Sevilla.
Quanto aos casuais podemos dizer, que penduraram uma bandeira com o emblema casuais SFC há vários anos.
Esta bandeira só foi colocada em 2 ou 3 jogos, durante esses anos o conceito casual em Espanha pouco ou nada tinha que ver, com o estilo britânico ou com o actual.
Os casuais que existiam, simplesmente iam sem adereços do seu clube, e alguns usavam casacos Harrington ou semelhantes.


BB- Têm alguma amizade oficial?


Casual BN- Sim, temos uma parceria com Riazor Blues (Desportivo da Corunha), Sul Kolectivo (Xerez CD), Commando Ultra'84 (Olympic Marselha) e mais recentemente com a curva sul de Modena.


BB- Quem são os inimigos?

Casual BN- O principal e histórico inimigo são os Supporters Sur do Bétis, para completar o pódio dos mais odiados temos os 2 de Madrid, Frente Atlético e Ultrassur.
Depois, há com outros andaluzes como a Frente Onuba(Recreativo Huelva) e Frente Bokeron(Málaga CF).
Em geral qualquer grupo de extrema direita ou ideologia racista poderá ser considerado nosso inimigo, ou quem ofenda as cores do clube.


BB- Quantos membros têm os Biris Norte? E os casuais?

Casual BN- Actualmente rondaremos os 700 sócios com cartão, enquanto nos jogos no topo norte o numero ronda entre os 2500 e os 3000, mas logicamente nem todos são Ultras.
Quanto ao número de casuais, não posso dar um número exacto pois não existe nenhum grupo ou secção que seja formado por casuais. Há alguns membros que poderíamos classificar como amantes desta cultura, mas não são muitos.


BB- Como são as transfertas? Como se organizam?


Casual BN- Antes eram mais organizadas, quando não tínhamos problemas em alugar autocarros. Hoje é impossível alugar autocarros devido a repressão policial, as pessoas viajam de carros particulares ou avião alugado.
Isto fez cair o número de membros nas deslocações, fazendo com que quase só viagem os membros do “núcleo duro”.


BB- Como é a relação com a polícia? Existe muita repressão em Espanha?


Casual BN- Não existe qualquer tipo de relação com eles, devido a repressão que nos vêm submetendo.A repressão em Espanha é muito dura, é o principal motivo por o movimento ultra em Espanha estar como está, conseguiram que grupos históricos quase tenham desaparecido, ou que alguns grupos nem possam entrar nos estádios.

BB- Como está o movimento ultra e casual em Espanha na actualidade?


Casual BN- Como viste na resposta anterior, o movimento ultra está muito por baixo neste momento, devido a repressão mas também há falta de mentalidade de muitos membros. Mas pode-se dizer que em Espanha existem um bom punhado de grupos, que vão fazendo umas coisas interessantes como tifos, viagens…
Quanto aos casuais pode-se dizer muita coisa, que chegaram tarde e más horas.Como disse anteriormente certos grupos, apoderaram-se do termo casual para se definirem como violentos, sem terem realmente conhecimento da cultura.
Hoje em dia parece que a única coisa importante é a roupa que se veste, pondo de lado o hooliganismo, algo a meu ver que está errado, pois sem hooliganismo não há casualismo.
Outro factor a considerar é que não existem brigas entre casuais porque existem poucos casuais nos grupos, assim as brigas são entre os grupos em geral.

BB- Quem opinião tens do movimento ultra e casual em Portugal?


Casual BN- A verdade é que tenho pouco conhecimento, mais por fotografias e opiniões de grupos de pessoas próximas ao Porto, por isso prefiro não fazer observações.

BB- Que opinião tens da Fúria Azul?


Casual BN- Do pouco que conheço parece ser um grupo fiel, mas não quero opinar muito por desconhecimento.


BB- Como é visto o movimento ultra e casual português em Espanha?


Casual BN- Não se sabe muito do movimento ultra português, devido a um profundo desconhecimento, apenas os grupos maiores são conhecidos.


BB- Quem são os grupos que mais admiras?


Casual BN- Há uma longa lista, orgulho e atitude na rua os grupos britânicos, Paris Casuals e em geral do Leste e dos Balcãs.Por tradição ultra os italianos e alguns franceses.


BB- Qual o estilo que mais gostas, e com que mais te identificas?


Casual BN- Todo o mundo casual, estética e sentir o ser casual, e impressiona-me o velho estilo italiano para dar cor às bancadas, acho que a Ultras Tito para ilustrar perfeitamente a palavra ultra. Eu gosto muito.Quanto a casualismo(forma de vestir) prefiro o estilo italiano ou latino ao estilo britânico. Creio que um italiano ou espanhol vai ter sempre mais sentido estético que um inglês por simples definição.


BB- Obrigado pela entrevista, peço-te só que deixes uma mensagem final.


Casual BN - Obrigado. Só posso pedir desculpas pela minha ignorância para com o movimento português, qualquer coisa não hesites em contactar-me.


Libertad para los ultras!!!


Nós agradecemos ao Casual do Sevilha pela disponibilidade, no BB-2 irei disponibilizar também a entrevista, e muito em breve teremos mais uma entrevista a sair.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Entrevista Velha Guarda F.A

Hoje o BB têm uma entrevista com alguém da velha Furia, alguem que eu pessoalmente admiro pela postura que sempre evidenciou.


BB - Fala um pouco da história da Fúria Azul.


Boots - Bem falar da história da Furia é falar um pouco também da minha vida já que são 20 anos de participação no grupo, uma história sem muitas conquistas de troféus, mas com imensas vitórias e alegrias vividas com os meus camaradas de bancada, muitos deles gente que considero da minha familia.
A furia foi fundada por um grupo de gente bastante jovem na altura em que o panorama ultra começava a surgir mais intensamente em Portugal, que viram a necessidade de apoiar o nosso Clube de um forma diferente e pegando um pouco no que se conhecia no estrangeiro e em Portugal, decidiram formar a 1ª claque organizada no Restelo, assim devemos ao Baixinho, ao Luis Silva, Chouriço, Hélder, entre outros, a nossa designação e o surgimento de algo que nos orgulha e dá prazer diariamente.
Desses dias muito mudou na nossa sociedade, no nosso clube, no nosso grupo mas penso que o espírito de 84 ainda está presente na amizade, camaradagem e sobretudo no querer e ambição de apoiarmos mais e melhor, sobretudo nunca deixando a nossa camisola desacompanhada.


BB - Sendo um dos elementos mais antigos do grupo, deves ter vivido muitos momentos marcantes da história da Fúria Azul e do Belenenses, quais foram os que te marcaram mais e porquê?


Boots - Os momentos que mais me marcaram são difíceis de apontar pois foram imensos (e a minha memória nunca foi muito boa eheh), no entanto, na altura que li a pergunta logo um turbilhão de imagens vieram à minha memória sendo a mais forte a conquista da Taça em 89, no meu primeiro ano de furia era um puto e aquilo para mim era um sonho que estava a ver ser realizado naquele brutal estádio cheio.

Também a conquista do campeonato de andebol frente ao mesmo adversário, com um ambiente infernal no Acácio Rosa após o último jogo da época de futebol no restelo.

Toda a época de 92/93, em que andámos na 2ª divisão e onde o Belenenses se fazia acompanhar por milhares de adeptos, dos quais destaco uma deslocação a Coimbra com 50 autocarros azuis e centenas de carros.

As deslocações aos Açores e à Madeira e o Orgulho que tive de termos sido o primeiro grupo a fazer uma deslocação às ilhas.
Inúmeras coreografias realizadas com a ajuda indispensável do Alcides, que fruto da sua perseverança tornaram possíveis alguns dos tifos mais bonitos realizados em Portugal, e o prazer que tive ao olhar naqueles poucos minutos, para algo que tinha dado tanto trabalho obter o efeito esperado, ou até superá-lo.
O congresso de claques de Ílhavo, pelas peripécias mas também por se comprovar que é possível em Portugal haver união no movimento ultra e dinamizar iniciativas comuns (e não havia net na altura).
Marca também e muito as amizades desinteressadas que fiz, eu e o pessoal com outros grupos ultras, gente que sem conhecermos de lado nenhum tinham e têm um ideal comum identificador de uma forma de vida que possibilita convívios inesquecíveis, como um jogo em Espinho na 2ª divisão, ou alguns dos convívios com a Alma Salgueirista, com a Mancha e ainda um em particular com os Ultras Santa, que foram dos melhores Ultras que conheci.
No tempo mais recente tive dois momentos que me marcaram, também um pela negativa, onde amigos que tinha no grupo decidiram sair e formar uma claque nova.
Foram tempos difíceis a nível pessoal pois custa sempre ter discussões com gente que se considera amiga, no entanto, penso que isso ajudou a fortalecer a Furia, penso que actualmente isso está sanado e saberia lidar com uma situação dessas de uma forma diferente, a vida dá-nos calo e estas situações ajudam a isso mesmo.
Também recentemente a nossa ida à final da Taça, o espírito que encontrei em toda a gente, a noite que lá passámos, o espaço azul que organizámos no Jamor (substituindo-nos ao clube na organização dos adeptos azuis), a coreografia feita pelas nossas mãos que não deu hipótese às coreografias dos 4 grupos do Sporting (uma delas paga).
Isso deu-me a certeza que poderíamos não ganhar o jogo, nem ter tantos elementos na bancada, mas tinha a certeza que nos valores que defendo do movimento ultra, goleámos.
Marca-me também positivamente, a resposta que temos dado ao não nos vergarmos às injustiças de uma lei que considero desajustada e anticonstitucional, e sobretudo saber que a esmagadora maioria do grupo está contra esta imposição de uma forma consciente e não apenas porque alguém diz que tem que ser assim, denota maturidade do grupo.


BB - Falando do clube, como vês a situação pela qual o Belenenses está a passar?


Boots - O Belenenses como não vive numa bolha isolada do resto da sociedade vive os problemas que infelizmente são inerentes a uma sociedade que pratica um capitalismo selvagem, onde não se valoriza a componente de serviço público que o clube fornece ao disponibilizar as suas infra-estruturas para que a população de Lisboa possa praticar desporto e assim usufruir de uma vida com outra qualidade.
Os clubes substituem-se ao Estado, principalmente os mais eclécticos na obrigação social que o Estado tem de proporcionar acesso ao desporto aos cidadãos.
O nosso clube é particularmente afectado por esta política governativa que ajuda os banqueiros mas não ajuda quem intervém positivamente na sociedade, e vê-se ainda mais entalado numa cidade com 3 clubes de topo, onde só os outros dois têm sido constantemente ajudados em negociatas com o município.
Para já não falar de outros concelhos ou regiões autónomas, onde os clubes são praticamente financiados pelos impostos de todos em beneficio de poucos.
Acho também que estas ajudas não regulamentadas e muitas vezes com outros fins que não o da mera ajuda para incentivar a prática desportiva, se traduzem em concorrência desleal, a quem como o Belenenses, tem procurado manter-se como um clube ecléctico em todos os escalões e competitivo no futebol.
Também nós os Belenenses temos culpa pelo estado em que o clube se encontra, pois ao não comparecermos nos estádios, ao não fazermos pressão (negativa e positiva) sobre as nossas equipas, permitimos algumas atitudes desrespeitosas de atletas da cruz de cristo.
O nosso clube, só será de facto o nosso clube, quando o vivermos intensamente e participarmos activamente no seu dia a dia, nem que seja só com os nossos incentivos na bancada.
Claro que algumas das direcções que têm gerido o nosso clube demonstraram uma incompetência enorme, o que levou a que o Belenenses não tenha sabido renovar-se e crescer, quando aqueles que como eu, participam activamente sabem perfeitamente que existem condições para que, quase sem gastar dinheiro, seja possível promover o interesse de ser Belenenses.
Infelizmente temos tido alguns casos de haver dirigentes que procuram protagonismo não para o Belenenses, mas sim para si próprios, estando nos orgãos dirigentes muito mais para se servirem do que para servirem o Clube, como infelizmente tivemos um exemplo recente.
Depois o Restelo tem muitos vícios que era preciso serem cortados pela raiz e acabar com posições de vacas sagradas que parece têm muita boa vontade de fazer algo, mas penso que esse algo não é fazer crescer o nosso Clube.



BB - Como vês a Fúria Azul na actualidade? O que pensas, que ainda pudemos fazer para a Fúria Azul continuar no seu rumo de sempre?


Boots - Vejo um grupo com uma paixão enorme pelo seu clube em primeiro lugar, uma Furia que nos últimos anos conseguiu alargar o seu núcleo duro se compararmos com o que havia por exemplo há 10 anos.
Temos ganho em algumas coisas e perdido noutras, se por um lado temos conseguido resistir como referi em cima a esta lei que tem prejudicado imenso o movimento ultra, e atenção, que no actual panorama resistir é já vencer, temos tido maiores dificuldades em realizar coreografias por falta de empenhamento e por outro lado essa falta de empenhamento, julgo também ser motivada pelas dificuldades reais que sentimos para podermos realizar uma coreografia livremente no nosso estádio.
Noutro âmbito penso que o grupo tem dado passos firmes na consolidação do seu papel no clube, nomeadamente através da criação da Associação juvenil e está previsto para muito breve a entrada da Furia Azul como núcleo oficial do clube, isso logicamente, traz-nos outras responsabilidades e direitos e penso que se nos apercebermos do que podemos beneficiar em termos futuros e dessa forma melhorar o apoio ao nosso Belenenses(razão única de existirmos), temos perspectivas de um crescimento sustentado para o nosso grupo ultra.
No entanto, vivemos um período difícil não só no Belenenses, como no futebol português em geral, que é o afastamento dos adeptos dos estádios e dessa forma torna-se mais difícil recrutar novos elementos para o grupo, mas penso que tal como temos planeado (como se viu na última reunião) temos todas as condições para nos tornarmos melhores.
Acima de tudo tem que haver uma união grande entre todos os ultras da Furia em torno de um objectivo comum, que é a defesa intransigente do nosso símbolo contra tudo e todos os que o quiserem prejudicar.
Só com união e camaradagem se consegue criar uma mística que seja fácil de transmitir o ambiente que quase sempre vivemos na Furia, e com isso passar ao pessoal mais novo o que significa isto de ser ultra da Cruz de Cristo, aí o pessoal mais velho tem um papel fundamental, nas deslocações, nos convívios, na bancada têm de dar o exemplo e serem verdadeiros ULTRAS que estão lá pelo prazer que o Belém nos dá.
Tu como eu e outros sabemos o que está planeado e delineado para o futuro, mas isso fica para as nossas reuniões, porque isto da internet dá jeito mas não é para tudo.


BB - Conhecendo-te já há uns bons anos, e sabendo que tens sempre uma opinião formada sobre a maioria dos assuntos, e como a tua opinião é bastante respeitada no seio da Fúria Azul como vês a lei 16/2004 ?


Boots - Bem, penso que já aflorei um pouco isto nas respostas anteriores mas posso acrescentar que acho necessário haver matéria legislativa que enquadre o desporto, os seus praticantes e os seus seguidores, mas penso que a lei tem que ser justa e racional e não ser um mero decreto de imposições bacocas, com as quais ninguém que vive o fenómeno que é de massas de adeptos no acompanhamento dos seus emblemas poderá estar de acordo, sejam eles adeptos "normais", ultras, casuais, spotters... etc.
Acho que esta lei foi uma tentativa atabalhoada de dizer à União Europeia e à UEFA que éramos um país modernaço, que até tínhamos uma maneira de no EURO podermos legalmente prender os arruaceiros. Esta lei, em primeiro lugar tem muito pouca gente que saiba o que ela contém a começar nos governantes que a aprovaram e a acabar nos agentes policiais que a fazem cumprir, tem um âmbito extremamente alargado o que permite que a lei varie de estádio para estádio onde se tenta aplicar, é surreal.
Por outro lado veio dar mais uma machadada no futebol popular, pois a ser cumprida à risca nem as casas do clube nas terrinhas podem ser organizadas sem serem consideradas "ilegais", a minha luta não é contra quem tenta fazer cumprir esta lei - desde que o façam com o rigor que a sua profissão obriga e não é isso que temos observado - mas sim contra quem, sem ter conhecimento de causa no terreno do que obriga a impôr uma lei deste género.
Os responsáveis políticos desta lei e actuais governantes, como o ministro do desporto que vem à boca cheia para as TV's dizer que Portugal já tem muitas claques "legais", mas não se interrogando sequer do porquê de este ano já estarem todas "Ilegais" novamente por não terem entregue as listagens de sócios actualizadas, ou não se interrogarem como é que grupos numerosos mentem descaradamente nos dados e números dos seus integrantes.
Tudo isto me leva a acreditar que esta é uma lei para "inglês ver" e não para resolver de facto os problemas que sentem os adeptos.
Não deixa de ser muito curioso que os dados que são pedidos aos adeptos que fazem parte de um grupo de adeptos, o Estado português só exija algo semelhante em termos associativos, às Associações de Caçadores.
Enquanto me continuarem a tratar como criminoso por viver a minha paixão intensamente não terão da minha parte colaboração pois começam pelo pressuposto que sou um ser maléfico para a sociedade, portanto quando quiserem resolver seriamente o assunto sem preconceitos cá estarei para ajudar, se para tal for solicitado.
Acima de tudo basta de demagogia barata à custa de quem contribui para a sociedade, como qualquer cidadão comum e ainda faz imensos sacrifícios por ter este vício tão prejudicial para a carteira que é apoiar o seu clube do coração.



BB - Como vês o movimento ultra actualmente?

Boots - Vejo um mundo ultra dividido em várias realidades distintas, vejo os vendidos, os que em nome de se orientarem na vida fizeram dos seus grupos verdadeiras empresas em que os lucros gerados não são para beneficio colectivo das suas claques mas para o bolso deles próprios.
Vejo os resistentes que lutam para defender os valores do antigamente que estiveram na base de todas as claques, claro que com adaptações fruto da passagem dos anos, mas ainda assim, sabem qual é o seu papel na bancada e isso é o mais importante.
Depois vejo muita gente que, por não se identificar com os rumos escolhidos pelas direcções dos seus grupos decidem que o melhor é andarem com o seu grupo de amigos.
A estes há muitos que lhes chamam "casuals" eu chamo-lhes "Cani Sciolti" que é muito do que acontece em Itália, malta que não pertence a nenhum grupo mas que continua a andar com um grupo sem dele fazer parte, por não se reconhecer nesse grupo mas continuar a curtir ir para o seu sector apoiar o clube, nos grupos que se legalizaram esta é uma realidade cada vez mais forte, e penso que enfraquece o movimento ultra e a própria magia dos trabalhos coreográficos.
Também se vê alguns grupos novos a aparecerem com gente muito nova, o que considero extremamente positivo pois se há muita gente que neles só vê "putos" eu vejo que há uns anos eu fui assim e ainda hoje cá ando.
Ninguém nasce ensinado e a esses desejo longos anos de vida ainda que sejam de um clube adversário, porque o movimento é feito por adversários e muitas vezes inimigos, mas com pontos de vista em muitos aspectos semelhantes e um ou dois grupos nunca farão um "movimento".
Penso que a repressão favorece o surgimento de um cena nova, mais difícil de controlar, principalmente nos clubes de maior expressão de adeptos mas este é pelo vistos o caminho que querem que os adeptos escolham, cabe-lhes a eles decidir.
Acima de tudo, o que vejo que decaiu em Portugal foi a quantidade e a qualidade de coreografias que diminuíram bastante, passando-se a valorizar mais a porrada que se deu ou que fez que se deu, em detrimento do espectáculo que os ultras devem privilegiar e valorizar.
Também a internet, por culpa dos ultras ou dos "pseudo-ultras" na maioria dos casos, não teve o condão de aumentar o conhecimento do movimento em portugal e não auxiliou como devia e como se desejava antigamente, termos um canal que facilitasse o contacto entre os grupos de modo a prepararmos acções conjuntas que nos ajudasse a todos. Penso que revelou muita imaturidade e cobardia de muita gente.
Sobre o movimento internacional, e apesar das suas diferentes especificidades, penso que como noutras áreas da sociedade se tem aumentado brutalmente a repressão (a crise assusta e abala também o poder) e isso condiciona a actuação dos grupos mas para falar em concreto disso seria necessária uma outra entrevista eheh.



BB - Que achas que se pode fazer para melhorar o movimento em Portugal?

Boots - Principalmente, que cada um individualmente e colectivamente faça crescer os seus grupos no apoio às suas cores, procurando contribuir para os tifos e para acabar com os reinados de quem se serve do mundo ultra.
Acho que é urgente que os grupos encontrem formas de se unir em torno de questões concretas, demonstrando à sociedade que não são nenhuns animais, que sabem reflectir apesar das divergências e rivalidades e lutar por melhores condições para os adeptos, por forma a tentar contrariar o que este futebol "moderno" nos tenta impor. Conseguiu-se noutros países porque não fazê-lo também em Portugal?
Acho que aqui a internet pode ter um papel importante, e à semelhança do que se fez antigamente, por intermédio das fanzines e revistas ultras.
Acho que os sites e blogs sobre o mundo ultra podem tentar fazer o papel de interlocutores entre os grupos dinamizando mais o movimento, ao invés de serem apenas órgãos de informação.


BB - O movimento casual tem crescido bastante, até para os nossos lados, o que te parece?
Achas que será de futuro, o rumo a ser traçado devido há constante repressão que sofremos?


Boots - Apesar de perceber o movimento casual, eu julgo que não existe em Portugal um verdadeiro movimento casual como existe em Inglaterra ou nos países do Norte da Europa, julgo que existe pessoal que vai um pouco à margem dos grupos lideres para à bola e que adopta uma estética que vai de encontro à moda "Casual", moda essa, que até pela realidade económica dos portugueses, é muito difícil de acompanhar para a esmagadora maioria do pessoal, que já faz um sacrifício enorme para ter dinheiro para acompanhar os seus clubes e que eu penso que é mais uma forma de uns poucos chularem os adeptos de futebol.
Acho que essa questão se pode colocar em países e em clubes que movimentam muita gente, em Portugal infelizmente, a nossa realidade anda muito afastada das multidões no futebol para que a lógica "casual" de passar despercebido possa ser levada verdadeiramente à prática, até porque cá sendo uma pequena minoria e adoptando a estética "casual", são sempre facilmente identificáveis precisamente por quem querem evitar.Para mim adoptar uma postura "casual" não faz sentido quando se tem um grupo Ultra sério e que defende os valores que atrás já descrevi.



BB - Quais são os grupos que mais admiras? E qual é o estilo com que te identificas mais?

Boots - Grupos que mais admiro são muitos mas posso destacar alguns Curva da Sampdoria, Fedayn Roma, grupos do Cosenza, do Cavese e do Ternana e mais uns quantos em Itália, no resto da Europa, Grupos do Marselha, Curva do AEK, Ultras St. Pauli, e os ultras do Rapid de Viena, do Basileia e do Hammarby.
Quanto ao estilo com que mais me identifico será claramente o da resistência Ultra, luto para que se continue com valores e ideais em prol de um futebol popular, e que o movimento ultra também ele seja um movimento aberto a todos sem interesses obscuros, que valorize também ele o desporto através do espectáculo que podemos dar na bancada.
Tudo evolui, felizmente, agora evolução não é sinónimo da perda dos nossos valores, pois quando tal acontecer, é sinal que nos transformámos numa outra coisa e desvirtuámos o propósito que nos fez nascer.
Para mim só faz sentido um movimento ultra que lá está a tentar fazer o melhor na defesa intransigente do nosso símbolo e da nossa camisola!



BB - Muito obrigado pelo tempo disponibilizado, peço-te só para deixares uma mensagem ao pessoal, aproveitando que estamos a entrar num novo ano.

Boots - Obrigado pelo espaço que me concedeste e um obrigado pelo teu voluntarismo ao desenvolveres mais um espaço de enriquecimento do movimento.
Se cada um fizer a sua parte temos tudo para crescer.
Uma última mensagem a todos os ultras da Furia, que sejam unidos e que participem activamente na vida do grupo e não só nos jogos, pois é nestas alturas que o nosso clube mais exige de nós em termos de participação.
Somos todos importantes na defesa do nosso símbolo, nunca nos esquecendo que a Furia Azul somos todos e não uma meia dúzia de gajos que estão lá para decidir e trabalhar por todos, senão não somos um grupo mas sim a tal meia dúzia e o Belenenses merece o máximo de todos nós.
Para todos os ultras, casuais, adeptos, etc., deixo um apelo que continuem a lutar para não deixarem que nos roubem a paixão, que lutem cada um à sua maneira, colectiva ou individualmente contra as injustiças deste futebol moderno!


O nosso muito obrigado ao Boots, não só pela entrevista,mas também por ser dos verdadeiros.


BB 1984

Entrevista Furia Andreense

Hoje o BB têm para vocês uma entrevista com um membro da Furia Andreense, do Esporte Clube Santo André.
Clube recentemente promovido há 1ª divisão brasileira, é um clube da colónia portuguesa, do estado de São Paulo.


BB : Fala-nos da história da Fúria Andreense, e do teu clube o Esporte Clube Santo André.


FÚRIA ANDREENSE : A fúria andreense foi fundada em outubro do ano 2000 ,por ex integrantes da TUDA (torcida uniformizada dragão andreense)que sairam de forma pacifica,no inico tuda era muito dificl ,poucos integrantes,pouco dinheiro mais hoje tudo passou e somos a maior TORCIDA DO ABC(região compostapor 7 cidades do estado de são paulo).
O Esporte Clube Santo André é um time de futebol do Estado de São Paulo.

Também é conhecido como Ramalhão por causa de seu mascote João Ramalho, que foi o fundador da cidade de Santo André. Suas cores são o azul e branco.

Fundado em setembro de 1967 ,conseguimos a pouco tempo o acesso a elite do futebol brasileiro.


BB : Têm alguma amizade oficial?

FÚRIA ANDREENSE : Sim,a fúria usa uma politica de tratar bem que nos trata bem e consequência disso temos grandes amizades são elas :força rubro verde(portuguesa santista),loucos de barueri(barueri),malucos do tigre(rio branco),mancha vermelha(mogi mirim)fiel força tricolor(botafogo-sp) essas são as amizades mais forte mais tambem temos um respeito com :fanautico(nautico),M.O.F.I(ceara)torcida jovem (botafogo-pb),T.E.V (vila nova),falange azul (londrina) e ai vai . . .


BB : Quem são os inimigos?


FÚRIA ANDREENSE : Por ser umas das maiores torcida de SP a fúria tem varios inimigos mais creio que os maiores são a torcida gladiadores ,e comando azul ambas do são caetano ,mais essa rivalidade anda meia fraca pelo motivo de que eles são muito pequenos.


BB : Quantos elementos tem a Fúria Andreense?

FÚRIA ANDREENSE : Hoje temos cerca de 1.500 socios.


BB : Falando em números, quantos elementos costumam ter nos jogos em casa?


FÚRIA ANDREENSE : Cerca de 200,300 andreenses.


BB : Como são as vossas transfertas? Como se organizam? Quantos elementos em média costumam ir?

FÚRIA ANDREENSE : Uma das melhores ,constumamos avisar semanas antes e sempre vamos com uma galera muito boa.


BB : Como é a relação com a policia? Sobretudo depois de a policia ter morto um adepto do São Paulo, como está o clima ai no Brasil?

FÚRIA ANDREENSE : Temos uma relação otima com a policia ,lançamos um candidato a vereador de santo andré e talvez por isso ganhamos uma certa 'moral'com eles. Sobre a questão do césar,estamos todos muito indignados com isso,despreparo total da policia brasileira ,as coisas ainda vão esquentar bastante aqui no Brasil.


BB : Fala-nos agora, do movimento da cena ultra/casual no Brasil.


FÚRIA ANDREENSE : No Brasil tem poucas torcidas ultras,o movimento ainda está meio fraco ,mais creio que em pouco tempo irá aumentar pelo fato das pessoas terem meio que enjoado das torcidas organizadas e seu modo de torcer.


BB : Sendo tu de um clube da colónia portuguesa, como vês o movimento das torcidas em Portugal?

FÚRIA ANDREENSE : Pra mim são as melhores da europa ,sempre acompanho o futebol portugues e vejo as festas que fazem ,admiro muito isso.


BB : Que opinião tens da Fúria Azul, e das torcidas portuguesas no geral, como são vistas as torcidas portuguesas ai no Brasil?

FÚRIA ANDREENSE : Ultimamente tenho visto bastante fotos da 'fúria' ,tenho me agradado bastante ,inclusive tenho diversas fotos da 'fúria' em minha coleção espero ainda poder ter materiais para desfilar aqui no brasil rsrs,como disse acima as torcidas portuguesas são umas das melhores e isso vemos aqui algumas torcida do brasil copiam gritos ,outras desenhos e por ai vai.


BB : Quem são as torcidas que mais admiras? Qual o estilo que mais te agrada e com que mais te identificas?

FÚRIA ANDREENSE : Sou bastande fã dos bad blue boys de zagreb,e dos boixos nois de barça,sou apaixonado pelo movimento 'barra brava'acho magnifico o modo de torcer e sua organização.


BB : Muito obrigado pela entrevista, peço-te que deixes só uma mensagem final.

FÚRIA ANDREENSE : Minha mensagem final : obrigado por deixar-me falar um pouco mais de minha torcida e meu clube estou muito grato com isso ,muito sucesso e muita boa sorte a seu clube,e não esquece de meus adesivos ,haha forte abraço.


O nosso muito obrigado ao Caio César pela entrevista, e prometido é devido companheiro.Os autocolantes seguiram assim que possivel.



BB 1984

Entrevista Ultras Inferno

Hoje o BB trás até vocês, a continuação das entrevistas.Desta vez entrevistamos um elemento dos Ultras Inferno, que por acaso é português.


BB :Fala-nos da história dos Ultras Inferno.

ULTRAS INFERNO : Os ultras inferno nasceram em 17 de Agosto de 1996 fundado por dois membros de uma outra claque já existente conhecida como nome de hell-side depois destes dois membros mais uns amigos decidiram ir para a bancada onde hoje ainda é a bancada dos ultras inferno formar o grupo onde a primeira faixa apareceu no principio os ultras inferno apareciam como um núcleo do hell-side onde davam um estilo mais latino à bancada alguns membros já lá andavam na época 95/96 mas a primeira aparição dos ultras inferno com faixa foi em 17 de Agosto de 1996 depois de uma reunião entre hell-side e policia onde tinham programado um tifo e onde as negociações abortarão foi a partir dai que os ultras inferno começaram a ser uma claque independente e a parte de tudo e todos e nesse dia nasceu o movimento ultra na Bélgica .
Desde de 1996 o grupo tem sempre a crescer tirando o ano 2001 onde um dos fundadores e outros membros tiveram pequenos problemas com a claque hell-side esta que partilhava a mesma bancada e onde os ultras inferno decidiram mudar de bancada e foram para o 3 anel do estádio foi um ano sempre em conflitos ate que o responsável decidiu abandonar o grupo e o grupo perde mesmo membros e alguma alegria que dava ao estádio.
No fim dessa época de 2001 um membro de peso pegou o grupo em mãos e com ajuda de alguns jovens motivados onde eu estive presente decidiu trazer a claque para a bancada onde tinha nascido e era onde merecia estar este mesmo membro com boas relações com a outra claque e com reuniões houve um acordo onde tudo regressou a normalidade e até hoje é conhecido pelo inferno de sclessin.


BB : Têm alguma amizade oficial?


ULTRAS INFERNO : Oficial, oficial não temos mas temos boas relações, onde convidamos para jogos os ultras sant pauli alemanha , horda mets , tigers lens , civitanova italia , e hapoel israel , onde também temos estado presentes.


BB : Quem são os inimigos?


ULTRAS INFERNO : Inimigos se formos a olhar a politica temos muitos , mas os nosso inimigos como ultras na Bélgica são os storm ultras do charleroi e como clube são sempre brugge e anderlecth principais rivais.


BB : Quantos elementos têm os Ultras Inferno?

ULTRAS INFERNO : Membros andamos a volta de 300 e muitos simpatizantes que acompanham este grupo.


BB : Falando em números, quantos elementos costumam ter nos jogos em casa?

ULTRAS INFERNO : O nosso estádio como está sempre cheio e a nossa bancada tem duas claques os membros estão sempre todos lá tirando os interditos de estádios e mais alguns que não podem vir por motivos profissionais.


BB : Como são as vossas transfertas? Como se organizam? Quantos elementos em media costumam ir?


ULTRAS INFERNO : As transfertas são sempre de autocarro por lei não podemos ir sem ser de autocarro, a organização do grupo é sempre difícil levar muitos elementos fora os estádios são pequenos e o clube recebe sempre entre 800 a 1200 lugares cada casa tem a sua percentagem de bilhetes onde os ultras levam sempre um autocarro 2 andares cheio e muitos dos ultras bem sempre com casas ou de autocarro de outros lados em media são entre 80 a 120 ultras jogos fora.



BB : Como é a relação com a policia? Soube que têm tido alguns problemas, a repressão também se faz sentir na Bélgica?

ULTRAS INFERNO : A relação com a policia nunca é boa, como em todo lado policia é vista sempre como um alvo a abater as próprias leis leva-nos a uma repressão muita injusta, tais como um dedo dá multa ou uma tocha dá multa e interdição de estádio, onde a seguir ao euro 2000 a policia belga e grupos ultras foi de grande preocupação policia não estava habituada ao fenómeno ultra era completamente desconhecido para a policia onde só estavam habituados ao confrontos entre hooligans dos vários clubes onde até nos rejeitarão alguns tifos porque achavam que não era normal agora sempre anda tudo mais calmo onde é uma policia discreta e não há violência gratuita.


BB : Fala-nos agora, do movimento da cena ultra/casual na Bélgica.

ULTRAS INFERNO : Ultras, casuais ainda não chegou cá sei que já há alguns onde conheço alguns nos ultras em genk e aqui nos ultras inferno também já vai se vendo um ou outro casuais só mesmo os antigos ultras os que ainda vão ao estádio, casual ainda é uma palavra estranha para alguns.


BB : Sendo tu português, e estando há tanto tempo longe do país, como vês o movimento em Portugal na actualidade?

ULTRAS INFERNO : O movimento português estou acompanhando com atenção e com tristeza, já viveu grande momentos sem duvida e onde grupos como juve diabos e posso arriscar super dragões estão um pouco em queda onde ultimamente estou a ver a juve a querer erguer a cabeça e onde os super dragões viverão grandes momentos entre 2002 e 2005 com conquistas da uefa e champions , o mal dos grupos em Portugal, é quando o clube está bem e respira saude ve-se bancadas cheias , depois vê-se bancadas vazias quando o clube esta mal vai tudo da mentalidade chamo isso adepto da vitoria , por ser um clube pequeno ou ser um grande o ultra deve dar o exemplo estar la nos maus momentos e quando se tem mais valor num derby estamos sempre todos certo e fácil .Mas temos grandes claques não tenho duvida onde também este problema da legalização também ajudou a que tudo ficou pior .


BB : Quem são os grupos que mais admiras? Qual o estilo que mais te agrada e com que mais te identificas?

ULTRAS INFERNO : O grupo que mais admiro são os ultras do genoa e do bergamo, estive presente num bergamo x brecia e fantástico são únicos para mim, são bons em tudo organização , mentalidade , apoio , enquanto os do genoa gosto por serem também grandes ultras e são ultras de raça têm qualquer coisa a mais que os outros para mim não têm, para mim o derby de genoa é o melhor, falo por mim.


BB : Sei que o ano passado, estiveste no Restelo a ver o Belenenses- Benfica.Que achaste da Fúria? Como vês o movimento para os lados do Restelo?


ULTRAS INFERNO : Vi o jogo do lado benfiquista e vi uma claque com fúria, é verdade que os últimos tempos a legalização não tem ajudado, mas o que vi naquele jogo e onde a vitória do Belém ajudou para o vosso comportamento como se costuma dizer são pouco mas bons, não são assim tão poucos como dizem, são um bom grupo, já com pessoal com idades para saber o que fazem, isso é bom, experiência, respeito e mentalidade.
Tive oportunidade de falar com dois membros vossos no fim desse jogo e gostei da maneira que vocês estão no mundo ultra português, já tem nome e respeito por parte de várias claques portuguesas e não só.
Continuem assim, uma claque é como uma flor custa a crescer depois de grande todos botam água para não deixar morrer, porquê dá colorido e gosto ver.
FORÇA RAPAZES.


BB : Muito obrigado pela entrevista, peço-te que deixes só uma mensagem final.

ULTRAS INFERNO : A mensagem final é fácil - com respeito a todos os adeptos que sofrem pelo seu clube para mim ultra é ser diferente, é ver a bola com mais fervor, cantar, festejar e saber que o que cantamos pelo clube debaixo do frio, da chuva, da neve, do calor, tudo que damos naqueles 90 minutos teve efeito no resultado e ajudámos como tivesse-mos dentro do campo.
Vale tudo, são os 90 melhores minutos na minha semana.
Para quem ler esta entrevista muitos que não são ultras, que percebam por andar com um cachecol ultra ao pescoço não quer dizer que vou bater em alguém ou vou semear o terror num estádio, graças a ser ultra estes anos todos tenho conhecido muita gente, que hoje tenho grande amizades já vi amigos casarem há custa disso, outros arranjaram emprego a custo de conhecer outras pessoas, outros mudaram de opinião quando frequentaram sedes e locais ultras conheço médicos, advogados, trolhas, pedreiros, mecânicos, varredores de rua, conheço de tudo hoje se tenho verdadeiros amigos, não é a custa de andar a bater em outros, mas sim por sermos todos um grupo de amigos que vamos a bola, onde bebemos uns canecos, comemos umas merendas, vamos cantar e amar o nosso clube.
ULTRA TRABALHA, TEM FAMILIA, TEM UMA VIDA, NÃO SOMOS BANDIDOS.



Os BB agradecem imenso ao elemento dos UI 96 pela entrevista, e fica desde já convidado a ver um jogo no Restelo ao lado dos BB e da FA.Deixo também 2 links, um do site oficial dos UI 96,


http://www.ui96.net/ e o blog do membro entrevistado





BB 1984

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Entrevista Portugal Ultras Tv

Hoje o BB inicia um novo projecto, será feita uma série de entrevistas com pessoas ligadas ao movimento ultra/casual em Portugal e no estrangeiro.
E para iniciar, nada melhor do que falar com o criador do projecto Portugal Ultras Tv, que na minha opinião é o melhor projecto que alguma vez apareceu no panorama nacional.
Ora deixando a conversa de lado, aqui vai a entrevista,
BB- Fala-nos do teu projecto e o porquê?
Portugal Ultras Tv- O Portugal Ultras Tv é um projecto que na prespectiva dos administradores encontra-se no caminho que inicialmente fora traçado por quem o desenvolveu, e está a superar todas as espectativas em relação ao seu crescimento num curto espaço de tempo.
Tendo em conta que o blog nem há dois meses existe, números como estes: quase 17mil visitas e um fórum já recheado de ultras inscritos, fazem com que este projecto possa tornar-se uma referência de nível nacional e um ponto de encontro de todos os adeptos do nosso País.
Contudo, sabemos que este tipo de blogs rapidamente podem desaparecer do panorama ultra informativo tal como já acontecera a outros projectos. Actualmente temos dois objectivos nos quais queremos levar a cabo paralelamente com o crescimento do espaço.
1. Não perder o controlo do excelente ambiente que o nosso fórum possui (sinceramente nunca esperei num fórum de claques existir o ambiente que nós temos vindo a desenvolver naquele espaço. Ou estão inscritos os elementos certos, ou a mentalidade no nosso País está mudada.
2. Actualização de notícias com excelentes reportagens de qualidade. É básicamente isto.
BB- Pensas que este era o projecto na blogosfera da cena ultra?
Portugal Ultras Tv- Há bons blogs informativos a funcionar actualmente, mas a par do espaço ultra penso que sejamos quem melhor informa através de textos (por nós escritos) os leitores visitantes, já os outros sinceramente penso que se limitam a fazer copy/paste de muitas notícias e a disponibilizar apenas material fotográfico/videográfico nos posts publicados.
Nunca fui muito apologista de blogs que pouco escrevem, dá a sensação que não estão à vontade com alguns dos temas.
BB- O forum tem corrido muito bem,pensas que a maioria do pessoal quer um espaço com qualidade, sem as habituais conversas da treta?
Portugal Ultras Tv- Tenho um objectivo pessoal em relação ao forúm que espero cumpri-lo a pouco e pouco para ver no que dá.
Grande maioria dos usuários inscritos são do Sporting, e quero estar errado quando penso que o bom ambiente se deve à falta de inscrições de membros de outras claques.
Quando o mesmo número de adeptos de um clube estiver equilibrado aí veremos o verdadeiro ambiente do fórum.
BB- Como vês o movimento em Portugal na actualidade?
Portugal Ultras Tv- Claques limitadas ao controlo da lei, pouca gente nas curvas em comparação aos tempos antigos, muito do material das claques encontra-se restrito na entradas dos estádios e as coreografias já não são uma constante.
Enfim, saudades dos tempos em que as curvas estavam quase sempre bem compostas e não falo só dos ditos grandes, havia muitas claques míticas - que hoje infelizmente lutam para sobreviverem - e que davam muito que falar na altura.
BB- E lá por fora, que grupos te agradam mais? Com que estilo te identificas mais?
Portugal Ultras Tv- Settembre bianconero (pela sonoridade dos seus cânticos, parece ninguém desafina naquela curva... - Risos - é um grupo que se diverte muito na bancada, dançam, cantam, batem palmas mesmo que a equipa esteja no fundo).
Bad Blue Boys (O respeito) Ultras Rapid e Ultras Paok (Adeptos com poderio vocal).
E no que toca a coreografias, não vou eleger nenhuma em particular, mas é em Italia que as gosto mais de ver.
BB- Como vês a forma como a comunicação social marginaliza o mundo das claques?
Portugal Ultras Tv-Profissionais que escrevem de forma amadora sobre nós. Por vezes não acertam uma, e mais não vou acrescentar... Não merecem!
BB- Que opinião tens recente crescimento da cena casual em Portugal?
Portugal Ultras Tv- Vai acabar por ser a solução à fuga de quem nos tenta controlar.
BB- Como vês o futuro dos grupos de apoio em Portugal?
Portugal Ultras Tv- Espero que não seja em desenvolvimento decréscimo, e que algumas leis que limitam o que de bom se faz na curva sejam revistas.
Tendo em conta a crise que o País atravessa era óptimo que colocassem o preço dos ingressos tendo em conta a qualidade e dia de jogo, só assim teriamos mais gente nas bancadas e como consequencia teriamos um melhor apoio prestado pelos grupos nacionais.
BB- Qual é para ti o melhor grupo em Portugal no momento?
Portugal Ultras Tv- Não vou eleger a melhor, pra isso teria de analisar uma a uma aquilo que já fizeram ao longo destas jornadas.
Mas posso-te dizer, que na minha prespectiva a Máfia Vermelha foi a que mais tem vindo a evoluir nos últimos tempos.
O nosso muito obrigado ao Portugal Ultras Tv pelo tempo disponibizado para a reportagem.

Bem Vindos


Este blog servirá de apoio ao principal, aqui seram publicadas entrevistas entre outras coisas.


Decidimos fazer o blog de apoio, para o pessoal puder ver as entrevistas sem ter que ir a procura, pois como a rubrica video do dia vai voltar, tudo o resto desaparece, e para poupar trabalho ao pessoal.


BB 1984