Hoje o BB têm uma entrevista com alguém da velha Furia, alguem que eu pessoalmente admiro pela postura que sempre evidenciou.
Fala um pouco da história da Fúria Azul.
Boots - Bem falar da história da Furia é falar um pouco também da minha vida já que são 20 anos de participação no grupo, uma história sem muitas conquistas de troféus, mas com imensas vitórias e alegrias vividas com os meus camaradas de bancada, muitos deles gente que considero da minha familia.
A furia foi fundada por um grupo de gente bastante jovem na altura em que o panorama ultra começava a surgir mais intensamente em Portugal, que viram a necessidade de apoiar o nosso Clube de um forma diferente e pegando um pouco no que se conhecia no estrangeiro e em Portugal, decidiram formar a 1ª claque organizada no Restelo, assim devemos ao Baixinho, ao Luis Silva, Chouriço, Hélder, entre outros, a nossa designação e o surgimento de algo que nos orgulha e dá prazer diariamente.
Desses dias muito mudou na nossa sociedade, no nosso clube, no nosso grupo mas penso que o espírito de 84 ainda está presente na amizade, camaradagem e sobretudo no querer e ambição de apoiarmos mais e melhor, sobretudo nunca deixando a nossa camisola desacompanhada.
BB - Sendo um dos elementos mais antigos do grupo, deves ter vivido muitos momentos marcantes da história da Fúria Azul e do Belenenses, quais foram os que te marcaram mais e porquê?
Boots - Os momentos que mais me marcaram são difíceis de apontar pois foram imensos (e a minha memória nunca foi muito boa eheh), no entanto, na altura que li a pergunta logo um turbilhão de imagens vieram à minha memória sendo a mais forte a conquista da Taça em 89, no meu primeiro ano de furia era um puto e aquilo para mim era um sonho que estava a ver ser realizado naquele brutal estádio cheio.
Também a conquista do campeonato de andebol frente ao mesmo adversário, com um ambiente infernal no Acácio Rosa após o último jogo da época de futebol no restelo.
Toda a época de 92/93, em que andámos na 2ª divisão e onde o Belenenses se fazia acompanhar por milhares de adeptos, dos quais destaco uma deslocação a Coimbra com 50 autocarros azuis e centenas de carros.
As deslocações aos Açores e à Madeira e o Orgulho que tive de termos sido o primeiro grupo a fazer uma deslocação às ilhas.
Inúmeras coreografias realizadas com a ajuda indispensável do Alcides, que fruto da sua perseverança tornaram possíveis alguns dos tifos mais bonitos realizados em Portugal, e o prazer que tive ao olhar naqueles poucos minutos, para algo que tinha dado tanto trabalho obter o efeito esperado, ou até superá-lo.
O congresso de claques de Ílhavo, pelas peripécias mas também por se comprovar que é possível em Portugal haver união no movimento ultra e dinamizar iniciativas comuns (e não havia net na altura).
Marca também e muito as amizades desinteressadas que fiz, eu e o pessoal com outros grupos ultras, gente que sem conhecermos de lado nenhum tinham e têm um ideal comum identificador de uma forma de vida que possibilita convívios inesquecíveis, como um jogo em Espinho na 2ª divisão, ou alguns dos convívios com a Alma Salgueirista, com a Mancha e ainda um em particular com os Ultras Santa, que foram dos melhores Ultras que conheci.
No tempo mais recente tive dois momentos que me marcaram, também um pela negativa, onde amigos que tinha no grupo decidiram sair e formar uma claque nova.
Foram tempos difíceis a nível pessoal pois custa sempre ter discussões com gente que se considera amiga, no entanto, penso que isso ajudou a fortalecer a Furia, penso que actualmente isso está sanado e saberia lidar com uma situação dessas de uma forma diferente, a vida dá-nos calo e estas situações ajudam a isso mesmo.
Também recentemente a nossa ida à final da Taça, o espírito que encontrei em toda a gente, a noite que lá passámos, o espaço azul que organizámos no Jamor (substituindo-nos ao clube na organização dos adeptos azuis), a coreografia feita pelas nossas mãos que não deu hipótese às coreografias dos 4 grupos do Sporting (uma delas paga).
Isso deu-me a certeza que poderíamos não ganhar o jogo, nem ter tantos elementos na bancada, mas tinha a certeza que nos valores que defendo do movimento ultra, goleámos.
Marca-me também positivamente, a resposta que temos dado ao não nos vergarmos às injustiças de uma lei que considero desajustada e anticonstitucional, e sobretudo saber que a esmagadora maioria do grupo está contra esta imposição de uma forma consciente e não apenas porque alguém diz que tem que ser assim, denota maturidade do grupo.
BB - Falando do clube, como vês a situação pela qual o Belenenses está a passar?
Boots - O Belenenses como não vive numa bolha isolada do resto da sociedade vive os problemas que infelizmente são inerentes a uma sociedade que pratica um capitalismo selvagem, onde não se valoriza a componente de serviço público que o clube fornece ao disponibilizar as suas infra-estruturas para que a população de Lisboa possa praticar desporto e assim usufruir de uma vida com outra qualidade.
Os clubes substituem-se ao Estado, principalmente os mais eclécticos na obrigação social que o Estado tem de proporcionar acesso ao desporto aos cidadãos.
O nosso clube é particularmente afectado por esta política governativa que ajuda os banqueiros mas não ajuda quem intervém positivamente na sociedade, e vê-se ainda mais entalado numa cidade com 3 clubes de topo, onde só os outros dois têm sido constantemente ajudados em negociatas com o município.
Para já não falar de outros concelhos ou regiões autónomas, onde os clubes são praticamente financiados pelos impostos de todos em beneficio de poucos.
Acho também que estas ajudas não regulamentadas e muitas vezes com outros fins que não o da mera ajuda para incentivar a prática desportiva, se traduzem em concorrência desleal, a quem como o Belenenses, tem procurado manter-se como um clube ecléctico em todos os escalões e competitivo no futebol.
Também nós os Belenenses temos culpa pelo estado em que o clube se encontra, pois ao não comparecermos nos estádios, ao não fazermos pressão (negativa e positiva) sobre as nossas equipas, permitimos algumas atitudes desrespeitosas de atletas da cruz de cristo.
O nosso clube, só será de facto o nosso clube, quando o vivermos intensamente e participarmos activamente no seu dia a dia, nem que seja só com os nossos incentivos na bancada.
Claro que algumas das direcções que têm gerido o nosso clube demonstraram uma incompetência enorme, o que levou a que o Belenenses não tenha sabido renovar-se e crescer, quando aqueles que como eu, participam activamente sabem perfeitamente que existem condições para que, quase sem gastar dinheiro, seja possível promover o interesse de ser Belenenses.
Infelizmente temos tido alguns casos de haver dirigentes que procuram protagonismo não para o Belenenses, mas sim para si próprios, estando nos orgãos dirigentes muito mais para se servirem do que para servirem o Clube, como infelizmente tivemos um exemplo recente.
Depois o Restelo tem muitos vícios que era preciso serem cortados pela raiz e acabar com posições de vacas sagradas que parece têm muita boa vontade de fazer algo, mas penso que esse algo não é fazer crescer o nosso Clube.
BB - Como vês a Fúria Azul na actualidade? O que pensas, que ainda pudemos fazer para a Fúria Azul continuar no seu rumo de sempre?
Boots - Vejo um grupo com uma paixão enorme pelo seu clube em primeiro lugar, uma Furia que nos últimos anos conseguiu alargar o seu núcleo duro se compararmos com o que havia por exemplo há 10 anos.
Temos ganho em algumas coisas e perdido noutras, se por um lado temos conseguido resistir como referi em cima a esta lei que tem prejudicado imenso o movimento ultra, e atenção, que no actual panorama resistir é já vencer, temos tido maiores dificuldades em realizar coreografias por falta de empenhamento e por outro lado essa falta de empenhamento, julgo também ser motivada pelas dificuldades reais que sentimos para podermos realizar uma coreografia livremente no nosso estádio.
Noutro âmbito penso que o grupo tem dado passos firmes na consolidação do seu papel no clube, nomeadamente através da criação da Associação juvenil e está previsto para muito breve a entrada da Furia Azul como núcleo oficial do clube, isso logicamente, traz-nos outras responsabilidades e direitos e penso que se nos apercebermos do que podemos beneficiar em termos futuros e dessa forma melhorar o apoio ao nosso Belenenses(razão única de existirmos), temos perspectivas de um crescimento sustentado para o nosso grupo ultra.
No entanto, vivemos um período difícil não só no Belenenses, como no futebol português em geral, que é o afastamento dos adeptos dos estádios e dessa forma torna-se mais difícil recrutar novos elementos para o grupo, mas penso que tal como temos planeado (como se viu na última reunião) temos todas as condições para nos tornarmos melhores.
Acima de tudo tem que haver uma união grande entre todos os ultras da Furia em torno de um objectivo comum, que é a defesa intransigente do nosso símbolo contra tudo e todos os que o quiserem prejudicar.
Só com união e camaradagem se consegue criar uma mística que seja fácil de transmitir o ambiente que quase sempre vivemos na Furia, e com isso passar ao pessoal mais novo o que significa isto de ser ultra da Cruz de Cristo, aí o pessoal mais velho tem um papel fundamental, nas deslocações, nos convívios, na bancada têm de dar o exemplo e serem verdadeiros ULTRAS que estão lá pelo prazer que o Belém nos dá.
Tu como eu e outros sabemos o que está planeado e delineado para o futuro, mas isso fica para as nossas reuniões, porque isto da internet dá jeito mas não é para tudo.
BB - Conhecendo-te já há uns bons anos, e sabendo que tens sempre uma opinião formada sobre a maioria dos assuntos, e como a tua opinião é bastante respeitada no seio da Fúria Azul como vês a lei 16/2004 ?
Boots - Bem, penso que já aflorei um pouco isto nas respostas anteriores mas posso acrescentar que acho necessário haver matéria legislativa que enquadre o desporto, os seus praticantes e os seus seguidores, mas penso que a lei tem que ser justa e racional e não ser um mero decreto de imposições bacocas, com as quais ninguém que vive o fenómeno que é de massas de adeptos no acompanhamento dos seus emblemas poderá estar de acordo, sejam eles adeptos "normais", ultras, casuais, spotters... etc.
Acho que esta lei foi uma tentativa atabalhoada de dizer à União Europeia e à UEFA que éramos um país modernaço, que até tínhamos uma maneira de no EURO podermos legalmente prender os arruaceiros. Esta lei, em primeiro lugar tem muito pouca gente que saiba o que ela contém a começar nos governantes que a aprovaram e a acabar nos agentes policiais que a fazem cumprir, tem um âmbito extremamente alargado o que permite que a lei varie de estádio para estádio onde se tenta aplicar, é surreal.
Por outro lado veio dar mais uma machadada no futebol popular, pois a ser cumprida à risca nem as casas do clube nas terrinhas podem ser organizadas sem serem consideradas "ilegais", a minha luta não é contra quem tenta fazer cumprir esta lei - desde que o façam com o rigor que a sua profissão obriga e não é isso que temos observado - mas sim contra quem, sem ter conhecimento de causa no terreno do que obriga a impôr uma lei deste género.
Os responsáveis políticos desta lei e actuais governantes, como o ministro do desporto que vem à boca cheia para as TV's dizer que Portugal já tem muitas claques "legais", mas não se interrogando sequer do porquê de este ano já estarem todas "Ilegais" novamente por não terem entregue as listagens de sócios actualizadas, ou não se interrogarem como é que grupos numerosos mentem descaradamente nos dados e números dos seus integrantes.
Tudo isto me leva a acreditar que esta é uma lei para "inglês ver" e não para resolver de facto os problemas que sentem os adeptos.
Não deixa de ser muito curioso que os dados que são pedidos aos adeptos que fazem parte de um grupo de adeptos, o Estado português só exija algo semelhante em termos associativos, às Associações de Caçadores.
Enquanto me continuarem a tratar como criminoso por viver a minha paixão intensamente não terão da minha parte colaboração pois começam pelo pressuposto que sou um ser maléfico para a sociedade, portanto quando quiserem resolver seriamente o assunto sem preconceitos cá estarei para ajudar, se para tal for solicitado.
Acima de tudo basta de demagogia barata à custa de quem contribui para a sociedade, como qualquer cidadão comum e ainda faz imensos sacrifícios por ter este vício tão prejudicial para a carteira que é apoiar o seu clube do coração.
BB - Como vês o movimento ultra actualmente?
Boots - Vejo um mundo ultra dividido em várias realidades distintas, vejo os vendidos, os que em nome de se orientarem na vida fizeram dos seus grupos verdadeiras empresas em que os lucros gerados não são para beneficio colectivo das suas claques mas para o bolso deles próprios.
Vejo os resistentes que lutam para defender os valores do antigamente que estiveram na base de todas as claques, claro que com adaptações fruto da passagem dos anos, mas ainda assim, sabem qual é o seu papel na bancada e isso é o mais importante.
Depois vejo muita gente que, por não se identificar com os rumos escolhidos pelas direcções dos seus grupos decidem que o melhor é andarem com o seu grupo de amigos.
A estes há muitos que lhes chamam "casuals" eu chamo-lhes "Cani Sciolti" que é muito do que acontece em Itália, malta que não pertence a nenhum grupo mas que continua a andar com um grupo sem dele fazer parte, por não se reconhecer nesse grupo mas continuar a curtir ir para o seu sector apoiar o clube, nos grupos que se legalizaram esta é uma realidade cada vez mais forte, e penso que enfraquece o movimento ultra e a própria magia dos trabalhos coreográficos.
Também se vê alguns grupos novos a aparecerem com gente muito nova, o que considero extremamente positivo pois se há muita gente que neles só vê "putos" eu vejo que há uns anos eu fui assim e ainda hoje cá ando.
Ninguém nasce ensinado e a esses desejo longos anos de vida ainda que sejam de um clube adversário, porque o movimento é feito por adversários e muitas vezes inimigos, mas com pontos de vista em muitos aspectos semelhantes e um ou dois grupos nunca farão um "movimento".
Penso que a repressão favorece o surgimento de um cena nova, mais difícil de controlar, principalmente nos clubes de maior expressão de adeptos mas este é pelo vistos o caminho que querem que os adeptos escolham, cabe-lhes a eles decidir.
Acima de tudo, o que vejo que decaiu em Portugal foi a quantidade e a qualidade de coreografias que diminuíram bastante, passando-se a valorizar mais a porrada que se deu ou que fez que se deu, em detrimento do espectáculo que os ultras devem privilegiar e valorizar.
Também a internet, por culpa dos ultras ou dos "pseudo-ultras" na maioria dos casos, não teve o condão de aumentar o conhecimento do movimento em portugal e não auxiliou como devia e como se desejava antigamente, termos um canal que facilitasse o contacto entre os grupos de modo a prepararmos acções conjuntas que nos ajudasse a todos. Penso que revelou muita imaturidade e cobardia de muita gente.
Sobre o movimento internacional, e apesar das suas diferentes especificidades, penso que como noutras áreas da sociedade se tem aumentado brutalmente a repressão (a crise assusta e abala também o poder) e isso condiciona a actuação dos grupos mas para falar em concreto disso seria necessária uma outra entrevista eheh.
BB - Que achas que se pode fazer para melhorar o movimento em Portugal?
Boots - Principalmente, que cada um individualmente e colectivamente faça crescer os seus grupos no apoio às suas cores, procurando contribuir para os tifos e para acabar com os reinados de quem se serve do mundo ultra.
Acho que é urgente que os grupos encontrem formas de se unir em torno de questões concretas, demonstrando à sociedade que não são nenhuns animais, que sabem reflectir apesar das divergências e rivalidades e lutar por melhores condições para os adeptos, por forma a tentar contrariar o que este futebol "moderno" nos tenta impor. Conseguiu-se noutros países porque não fazê-lo também em Portugal?
Acho que aqui a internet pode ter um papel importante, e à semelhança do que se fez antigamente, por intermédio das fanzines e revistas ultras.
Acho que os sites e blogs sobre o mundo ultra podem tentar fazer o papel de interlocutores entre os grupos dinamizando mais o movimento, ao invés de serem apenas órgãos de informação.
BB - O movimento casual tem crescido bastante, até para os nossos lados, o que te parece?
Achas que será de futuro, o rumo a ser traçado devido há constante repressão que sofremos?
Boots - Apesar de perceber o movimento casual, eu julgo que não existe em Portugal um verdadeiro movimento casual como existe em Inglaterra ou nos países do Norte da Europa, julgo que existe pessoal que vai um pouco à margem dos grupos lideres para à bola e que adopta uma estética que vai de encontro à moda "Casual", moda essa, que até pela realidade económica dos portugueses, é muito difícil de acompanhar para a esmagadora maioria do pessoal, que já faz um sacrifício enorme para ter dinheiro para acompanhar os seus clubes e que eu penso que é mais uma forma de uns poucos chularem os adeptos de futebol.
Acho que essa questão se pode colocar em países e em clubes que movimentam muita gente, em Portugal infelizmente, a nossa realidade anda muito afastada das multidões no futebol para que a lógica "casual" de passar despercebido possa ser levada verdadeiramente à prática, até porque cá sendo uma pequena minoria e adoptando a estética "casual", são sempre facilmente identificáveis precisamente por quem querem evitar.Para mim adoptar uma postura "casual" não faz sentido quando se tem um grupo Ultra sério e que defende os valores que atrás já descrevi.
BB - Quais são os grupos que mais admiras? E qual é o estilo com que te identificas mais?
Boots - Grupos que mais admiro são muitos mas posso destacar alguns Curva da Sampdoria, Fedayn Roma, grupos do Cosenza, do Cavese e do Ternana e mais uns quantos em Itália, no resto da Europa, Grupos do Marselha, Curva do AEK, Ultras St. Pauli, e os ultras do Rapid de Viena, do Basileia e do Hammarby.
Quanto ao estilo com que mais me identifico será claramente o da resistência Ultra, luto para que se continue com valores e ideais em prol de um futebol popular, e que o movimento ultra também ele seja um movimento aberto a todos sem interesses obscuros, que valorize também ele o desporto através do espectáculo que podemos dar na bancada.
Tudo evolui, felizmente, agora evolução não é sinónimo da perda dos nossos valores, pois quando tal acontecer, é sinal que nos transformámos numa outra coisa e desvirtuámos o propósito que nos fez nascer.
Para mim só faz sentido um movimento ultra que lá está a tentar fazer o melhor na defesa intransigente do nosso símbolo e da nossa camisola!
BB - Muito obrigado pelo tempo disponibilizado, peço-te só para deixares uma mensagem ao pessoal, aproveitando que estamos a entrar num novo ano.
Boots - Obrigado pelo espaço que me concedeste e um obrigado pelo teu voluntarismo ao desenvolveres mais um espaço de enriquecimento do movimento.
Se cada um fizer a sua parte temos tudo para crescer.
Uma última mensagem a todos os ultras da Furia, que sejam unidos e que participem activamente na vida do grupo e não só nos jogos, pois é nestas alturas que o nosso clube mais exige de nós em termos de participação.
Somos todos importantes na defesa do nosso símbolo, nunca nos esquecendo que a Furia Azul somos todos e não uma meia dúzia de gajos que estão lá para decidir e trabalhar por todos, senão não somos um grupo mas sim a tal meia dúzia e o Belenenses merece o máximo de todos nós.
Para todos os ultras, casuais, adeptos, etc., deixo um apelo que continuem a lutar para não deixarem que nos roubem a paixão, que lutem cada um à sua maneira, colectiva ou individualmente contra as injustiças deste futebol moderno!
O nosso muito obrigado ao Boots, não só pela entrevista,mas também por ser dos verdadeiros.
BB 1984